Povoado fortificado que se desenvolve num relevo em esporão, que acompanha um meandro do rio Rabaçal. O local encontra-se associado localmente à lenda de Santa Rufina e presumivelmente terá aqui existido um antigo templo em sua devoção. No sector mais oriental, junto de um estradão que estabelece ligação com a povoação de Cisterna, é ainda possível detetar alguns derrubes de pedra partida de xisto, que poderão articular-se com o referido templo ou com uma ocupação do local no decurso da Idade Média.
Santa Rufina ou Cidade de Santa Rufina é um povoado com um débil controlo geoestratégico, embora apresente boas condições de defesa natural. O sector mais vulnerável localiza-se a nordeste, onde afloram pequenas cristas rochosas de xisto, que permitiam colmatar a grande vulnerabilidade defensiva que este sector apresenta. Os vestígios da ocupação mais antiga, balizados cronologicamente entre a Idade do Bronze Final e a Idade do Ferro, registam-se à superfície de pequenas plataformas que descaem no sentido do rio Rabaçal. No interior de uma destas plataformas situa-se uma estrutura de configuração retangular escavada no afloramento xistoso, frequentemente interpretada como uma sepultura.
A norte o perímetro interno da estação é rasgado por um provável caminho medieval que atravessava o rio no local onde atualmente se ergue a Ponte de Santa Rufina. Não se registaram quaisquer estruturas ou vestígios relacionados com o respetivo sistema defensivo. A nordeste, já no exterior do povoado, recolheu-se a informação relativa à existência de uma ferradura que se encontra insculpida numa rocha.
