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Escapadinha de inverno
É TEMPO DE SE SABOREAR
Entre quem é! Assim costumam dizer os transmontanos quando o visitante bate à porta. E agora que o frio veio para ficar, vale a pena aceitar o convite e saborear bons momentos e iguarias à volta da lareira. Mas, atenção: não se dê à preguiça, porque a natureza continua a chamar e, nas ruas, o tempo é de muita festa e animação.
É Inverno, mas na Terra Fria Transmontana estamos sempre a tempo de saborear as coisas boas da vida. A começar pela gastronomia, claro está, ou não fosse esta a estação em que à mesa reinam os tradicionais pratos de porco bísaro, os famosos enchidos e o fumeiro, e em que o aroma do pão acabado de cozer desperta o apetite a qualquer hora.
Aproveite-se ainda os dias frios para desfrutar do aconchego das lareiras, ouvindo histórias a quem as sabe contar, conhecendo as lendas, memórias e vivências que fazem da Terra Fria Transmontana uma região única, em espírito e paisagem.
Mas não se espere que a vida corra dia após dia em recolhimento, aguardando passivamente o retorno da primavera. Na Terra Fria Transmontana, habituadas que estão as gentes aos rigores do clima, não é o frio que impede a festa. Pelo contrário. Aqui, o solstício de Inverno marca o arranque de um ciclo de celebrações que enchem as ruas de animação, reúnem as gentes em torno de crenças e rituais em que a irreverência e a provocação são palavras de ordem. Concluído que está o tempo da colheita, é agora altura de dar as boas-vindas a um novo ciclo na natureza e na vida social, celebrar o que está para vir, dar e receber e desejar o melhor para os tempos que se seguem. Por isso, do Natal até ao mediático e concorrido Entrudo Chocalheiro, a região exprime as suas facetas mais divertidas, criativas e coloridas.
Apesar do frio, o ar está mais puro e revigorante do que nunca. Os rios e riachos estão cheios e, nas zonas de maior altitude, é comum nevar nesta altura do ano, tornando-se ainda mais pitoresco o cenário das aldeias e poéticos os horizontes montanhosos. Nas cidades, pode ainda contar com o charme dos centros históricos e, se alguma história tiver ficado por contar à volta da lareira, é provável que acabe por conhecê-la nos vários museus e centros de interpretação. Nas oficinas, os artesãos mantêm as portas abertas e estão prontos para revelar aos visitantes os seus segredos. Quem quiser, sempre pode dar uma mãozinha.
Esqueça a rotina, faça uma Escapadinha de Inverno e perca-se no tempo. Irá certamente lembrar-se do ditado: mãos frias, coração quente. Porque bem podia ter sido criado a pensar na Terra Fria Transmontana.