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Exposição Terra de Sebastião Salgado
Elementos | |
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Exposição Terra de Sebastião Salgado Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança |
Considerado por muitos o melhor fotógrafo documental da atualidade, Sebastião Salgado (Aimorés, Minas Gerais, Brasil, 1944) realiza, entre 1980 e 1996, um impressionante trabalho sobre a condição de vida de milhares de trabalhadores rurais do interior do Brasil, os Sem Terra.
Cultivar um pedaço de terra seu é o sonho destes trabalhadores e das suas famílias que vivem à própria sorte, em acampamentos à beira das estradas, em lugares onde não só falta tudo, como estão ainda sujeitos à violência das milícias e de outras forças de repressão organizadas pelos latifundiários que temem a ocupação das suas propriedades.
O fotógrafo acompanhou de perto e ao longo de dezasseis anos a luta destes trabalhadores, determinado a testemunhar e a denunciar através da sua obra a pobreza e a injustiça que recai não só sobre cinco milhões de famílias de rurais sem terra, mas também sobre a vida dos índios, camponeses, migrantes, mendigos, crianças de rua, garimpeiros, presos e outros grupos socialmente excluídos.
No dia 17 de abril de 1997, um ano após o Massacre de Eldorado dos Carajás, foi inaugurada uma exposição de Sebastião Salgado em todos os estados do Brasil e, simultaneamente, em mais de 100 países sobre esta luta pela terra.
Do projeto, denominado Terra, foi ainda editado um catálogo com 109 fotografias, um texto do escritor português José Saramago e ainda um CD com quatro músicas de Chico Buarque. Os três cederiam os direitos de autor deste trabalho ao Movimento dos Sem Terra (MST), organização que, desde a década de 1980, vem apoiando a luta destas milhares de famílias que não têm acesso a terra.
Constituída por 45 fotografias, a presente exposição é precisamente uma dessas séries adquirida a esta organização brasileira (MST) pelo Instituto Politécnico de Bragança, em 2000, cuja utilização foi recentemente cedida ao Centro de Fotografia Georges Dussaud, através de um protocolo celebrado com o Município de Bragança, em dezembro de 2015.
Fonte: Centro de Arte Contemporânea Graça Morais
Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança
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