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Lombeiro da Ponte / Castro do Lombeiro da Ponte |
Povoado fortificado de médias dimensões, localizado num relevo em esporão pouco pronunciado, sobre uma pequena linha de água. Não dispõe de condições relevantes de implantação estratégica nem de defesa natural. O colo de acesso situa-se a este, onde também se concentra o sistema defensivo. Este inicia-se por um fosso, que aproveita parcialmente uma linha de escorrência e que se encontra em parte colmatado pela agricultura.
Sobranceiro ao fosso há um torreão, do qual arranca uma linha de muralha, que rodeia integralmente o povoado, formando um recinto aproximadamente circular, com cerca de 90 metros de diâmetro. São escassos os materiais de superfície. Detetam-se apenas alguns fragmentos de cerâmica manual da Idade do Ferro. No exterior do povoado, a sudoeste, encontram-se numerosos materiais romanos. São ainda de realçar dois aspetos que poderão ter relação com a ocupação antiga neste sítio.
O primeiro refere-se à existência do topónimo Ponte, que se aplica ao povoado e zona envolvente, embora não se conheça nenhuma ponte no local, pelo que o topónimo poderá a reminiscência de uma antiga ponte sobre a ribeira, no sopé do povoado. Outro aspeto relaciona-se com a designada Fraga da Madanela. Esta é um grande e destacado afloramento de xisto, localizada cerca de 150 metros a este do povoado, no seu acesso. A tradição local associa a esta fraga a existência de uma antiga ermida dedicada a Santa Madalena. Isto poderá indicar uma eventual ocupação medieval do local, para além de poder assinalar uma relação entre esta fraga e um anterior local de culto do povoado. Assinale-se a intencionalidade da população de Travanca em designar esta fraga por uma corruptela do nome Madalena. Francisco Sande Lemos assinala a designação Maladena.