Algoso foi antiga vila e sede de concelho, integrada no bispado de Bragança. Uma das primeiras referências à localidade data de 1230, quando a Ordem de Malta e os cavaleiros Templários assinaram uma concordata sobre várias terras então em litígio, entre as quais Ylgoso. Em 1480, Algoso terá recebido o seu primeiro foral das mãos de D. Afonso V, seguindo-se foral novo de D. Manuel em 1510. Esta autonomia manteve-se até 1855, quando Algoso foi integrado no concelho de Vimioso.
O seu pelourinho, certamente decorrente do foral manuelino, ergue-se diante da antiga casa da câmara, num largo a caminho do castelo.
É constituído por um soco de quadro degraus quadrangulares, de pedra aparelhada, do qual arranca o conjunto da base, coluna, capitel e remate. A base é constituída por um paralelepípedo liso, quadrangular, semelhante a um quinto degrau, com o topo talhado em rampa, de forma a adequar-se ao arranque do fuste, sobre anéis hexagonais moldurados. A coluna tem fuste de secção hexagonal, em dois troços de tamanho quase idêntico, ornamentados com florões quadrifólios em faces alternadas. No troço inferior, já perto do topo deste, permanece uma argola de sujeição em ferro, cravada na face frontal (lisa). Sobre o último troço do fuste assenta um terceiro, fazendo as vezes de capitel. A sua altura é cerca de um quarto dos anteriores e é decorado com florões e carrancas, em faces alternadas. Serve de apoio a um ábaco em cruzeta, com curtos braços salientes ornados de florões nos topos, entre faces uma vez mais ornadas de carrancas. O remate é um prisma ao alto, com o brasão de armas de Portugal encimado por coroa aberta, flor-de-lisada, na face frontal. O conjunto é sobrepujado por uma esfera armilar. Apresenta bastantes semelhanças com outros na região, como o de Macedo de Cavaleiros ou em regiões vizinhas, caso de Frechas (Mirandela) ou do Outeiro (Bragança).
Classificação IIP - Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933