Elementos | |
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Pena Mosqueira |
O grupo megalítico de Pena Mosqueira é composto por 4 monumentos, dois de cada lado da estrada 221. Encontram-se numa vasta zona aplanada em pleno planalto mirandês, e os monumentos distribuem-se ao longo de uma linha, que se estende de Sudoeste para Nordeste, com uma distância aproximada de 1600 metros entre o monumento 4, o mais ocidental, e o monumento 3, o mais oriental.
Em todos os casos é difícil adiantar as suas dimensões originais, pois os monumentos 1, 2 e 3 são regularmente agricultados, o que lhes dispersa as pedras da couraça e o monumento 4 teve um forno de telha construído em cima, que lhe aproveitou o buraco da cratera de violação.
Pena Mosqueira 1 parece ser o mais pequeno de todos os quatro monumentos. Destaca-se no campo agricultado em que se encontra, com uns 15 metros de diâmetro e eleva-se 30 ou 40 cm acima do solo. A couraça é maioritariamente constituída por pedras de quartzo branco. O monumento 2 aparenta corresponder ao maior e mais importante dos quatro monumentos do grupo da Pena Mosqueira, sendo aliás o único do qual se avistam todos
os restantes. Encontra-se atualmente muito afetado pela agricultura, mas teria cerca de 25 metros de diâmetro e cerca de 1,5 metros de altura. Não se regista cratera de violação central e não se lhe conhecem esteios. Tal como os restantes monumentos do grupo, a sua couraça é maioritariamente constituída por pedras de quartzo branco.
Monumento 3 é constituído por uma mamoa de forma subelíptica, com um eixo maior N/S de 23m e um eixo menos com cerca de 1,5m. O tumulus não era muito alto. Identificaram-se várias lajes ao longo do monumento, algumas das quais encontram-se decoradas com pinturas e outras apresentam ocre nas suas superfícies. Parte do piso do monumento encontrava-se coberta de ocre. O monumento 4 não foi completamente destruído pela construção do forno de telha, mas foi profundamente afetado. A elevação com o seu buraco central foi aproveitada para instalar o forno, cuja câmara de combustão encaixa precisamente na cratera de violação, ficando enterrada e protegida pelo tumulus. Este foi rodeado na periferia por um muro de cimento, que terá provavelmente destruído as extremidades da mamoa. Assim, a câmara e a periferia do tumulus estão efetivamente destruídas, mas a parte principal da couraça pétrea parece estar ainda intacta.