Povoado fortificado assente sobre um relevo em esporão, que se desenvolve a nordeste da aldeia de Valverde. Apresenta uma única cintura de muralhas, que organiza um espaço interior, com planta sensivelmente circular.
A norte, onde o relevo abre o colo que permite o acesso a este outeiro, ainda é possível identificar um conjunto volumoso de derrubes, que poderá corresponder a um torreão de reforço defensivo. A muralha revela-se como uma estrutura simples, à base de pedra partida de xisto, assente a seco. O seu traçado encontra-se razoavelmente preservado e, em alguns pontos, os muros ainda existentes atingem uma altura superior a 1 metro.
O local possui excelentes condições de defesa natural, desenvolvendo pendentes de difícil acesso que descaem nos sectores oeste, sul e este sobre os vales de pequenas linhas de água afluentes da ribeira da Ribeirinha. À superfície do solo não foram detetados materiais cerâmicos ou qualquer outro tipo de vestígios, que possibilitassem a integração cronológica. Francisco Manuel Alves refere que no vale próximo da fortificação apareceram algumas cistas.
