Como cabeça de concelho, Sanceriz dispunha de casa da câmara, composta pelos elementos necessários ao seu normal funcionamento, assim como por um pelourinho, símbolo exponencial da autonomia administrativa.
Erguido no centro da povoação, o Pelourinho de Sanceriz terá sido construído na fase entre a emissão dos dois forais, ou seja, no século XIV, exibindo uma simplicidade e uma robustez características de outros exemplares erguidos na região durante a Idade Média. Embora tivesse sido alterado na década de 1930, a julgar pela análise comparativa do registo efetuado pelo conhecido ilustrador e aguarelista Alberto de Sousa (1880-1961), e apresente um desgaste considerável, o pelourinho executado nas matérias-primas mais abundantes na região, o granito e o xisto, manterá, na generalidade, a sua feição primitiva.
Compõe-se de plataforma de planta quadrangular, com dois degraus de alturas diferenciadas, suportando soco com igual degrau, sobre a qual assenta a base octogonal da coluna, com aproximadamente 80 centímetros de altura. De feição octogonal, o fuste exibe superfície lisa e fratura a dois terços da sua medida, terminando num tronco piramidal ostentando quatro rosetões em cada face, de indiscutível linha arcaizante.
Classificação IIP - Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933