Habitat aberto, localizado numa chã, no sopé sul da serra de Rompabarcas, em zona de solos profundos e de bom potencial agrícola. À superfície descobrem-se algumas mós manuais, em granito e uma quantidade considerável de outros materiais. Estes distribuem-se por uma área alargada, mas com especial concentração numa determinada zona restrita, onde aparece quase toda a cerâmica.
Tal como no povoado do Lagoaço, aparecem placas de ardósia negra, muitas delas furadas intencionalmente e que são de um material alheio à geologia local. Aparecem também fragmentos de telha e cerâmica comum. Alguma desta cerâmica foi produzida a torno, podendo ser romana ou medieval, não se observando a existência de tegulae de rebordo.
Num ponto muito localizado, observou-se algumas concentrações de barro não cozido, algum do qual carbonizado, associado a uma placa de cerâmica furada, o que poderá indicar a existência de um forno. Por outro lado, alguns dos fragmentos de cerâmica, embora bastante atípicos, aparentavam ser de feitura manual, podendo indicar a existência de um habitat pré-histórico neste local, talvez em relação com a grande quantidade de mós manuais aqui observadas.
