Povoado fortificado de média dimensão, localizado num cabeço em esporão na encosta da margem direita do rio Tuela.
O acesso preferencial faz-se pelo colo de acesso do esporão, a norte, onde se encontra a Fraga das Almas. Aqui, o sistema defensivo parece iniciar-se com um possível fosso muito colmatado, cujos vestígios são pouco óbvios. Sucede a este eventual fosso um torreão, do qual arranca a única linha de muralha do povoado, que o rodeia integralmente, formando um recinto ovalado e que tem no lado norte um potente derrube. No interior do povoado encontram amplos derrubes de pedra. Na encosta sudoeste do povoado foram realizadas sondagens, que colocaram a descoberto algumas estruturas retangulares, junto das quais se encontram dois pequenos rochedos graníticos decorados com algumas covinhas.
O espólio recolhido inclui, para além de alguns artefactos metálicos, cerâmicas manuais e a torno, da Idade do Ferro e talvez da Idade Média. Na encosta sudeste, no espaço entre a muralha e o antigo caminho lajeado que dá acesso à Ponte das Vinhas, encontram-se derrubes de várias estruturas, atravessadas por um outro antigo caminho, tributário do anterior. Embora existam alguns muros de propriedade recentes, parece também haver derrubes de algumas casas, talvez de uma ocupação extramuros da Idade Média ou inícios da época moderna.
