Estação Arqueológica das Fragas do Diabo / Fragas do Corgo / Veiga dos Moinhos
Freguesia de Vilarinho dos Galegos
As Fragas do Diabo são um pequeno desfiladeiro rochoso de xistos-grauvaques na ribeira da Veiga, um pequeno afluente do Douro. Esta ribeira corre de norte para sul, formando um pequeno vale muito aberto, entre campos agrícolas. O local também é conhecido localmente por "Fragas do Corgo".
Numa zona pontuada por numerosos abrigos naturais, a estação arqueológica corresponde a um conjunto de abrigos rochosos que distam entre si sensivelmente cinquenta metros.
Nestes abrigos encontram-se diversos painéis de arte rupestre integráveis na denominada "Pré-história Recente" desta região do noroeste peninsular. Todos os abrigos apresentam gravuras tipo unhadas do diabo, com exceção do abrigo 2, que não tem gravuras visíveis, e que foi considerado devido ao potencial de ter vestígios de ocupação ou gravuras ocultos pelos sedimentos que contém.
Todas as gravuras se apresentam em painéis de tamanho variável, todos verticais ou subverticais. As unhadas do diabo consistem em pequenos traços verticais ou oblíquos, com apenas uns escassos traços horizontais, alguns isolados, mas geralmente em densas associações, em que surgem frequentemente em sobreposição, sendo problemático distinguir motivos específicos, para além dos alinhamentos horizontais de múltiplos traços. Os traços são geralmente pequenos, entre 2 e 5 cm aproximadamente, bastante profundos e de perfil em V, geralmente, apresentando-se também muito patinados.
Há diferenças notórias entre os vários abrigos. Os abrigos 3 e 5 têm grande quantidade de painéis, com grande variedade de tamanho e quantidade de traços. Os abrigos 4 e 6 têm apenas um único painel com poucos traços. E o abrigo 1 e também o possível abrigo 7, têm um único painel de grandes dimensões, com grande quantidade e densidade de traços.
Classificação EVC - Homologado como IIP - Despacho de homologação de 10-11-1983 do Ministro da Cultura