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Pelourinho da Bemposta
Elementos | |
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Pelourinho da Bemposta Bemposta, Mogadouro |
Bemposta corresponde no presente à maior freguesia do concelho de Mogadouro e chegou a ser vila e sede de concelho, entre 1315 e o início do século XIX.
No início da nacionalidade a localidade pertencia a Penas Roias e a colonização cristã de todo o território foi feita com gentes oriundas das terras de Leão, que deixaram marcas na cultura local, como a língua mirandesa, falada justamente até à Bemposta. D. Dinis concedeu-lhe foral em 1315, fazendo-a villa e erguendo as muralhas que contribuíram para a fixação das populações. No século XIV, D. Fernando doou-a aos nobres galegos que o apoiaram nas lutas contra Castela.
No século XV eram seus donatários os senhores de Vila Flor e no século seguinte o seu padroado pertenceu aos marqueses de Távora, passando em 1759 para a coroa.
Em 1512, D. Manuel outorgou foral novo à vila, que permaneceria sede de concelho até 1836, quando a circunscrição foi extinta e finalmente integrada no concelho de Mogadouro.
O pelourinho da Bemposta terá sido erguido na sequência do foral manuelino, de acordo com a sua tipologia e principalmente pela similitude com monumentos semelhantes no mesmo concelho, nomeadamente o de Azinhoso, com alguma decoração primoquinhentista.
Ergue-se num pequeno largo da aldeia, onde em tempos se localizariam igualmente a casa da câmara, tribunal e cadeia. Assenta num soco de dois largos degraus quadrangulares de aresta, de fatura moderna, que substituem dois outros originais, ainda registados em fotografias antigas já muito danificados.
Ergue-se num pequeno largo da aldeia, onde em tempos se localizariam igualmente a casa da câmara, tribunal e cadeia. Assenta num soco de dois largos degraus quadrangulares de aresta, de fatura moderna, que substituem dois outros originais, ainda registados em fotografias antigas já muito danificados.
O pelourinho de modelo bragançano é constituído por base, coluna e capitel/remate, em granito e de fatura algo tosca. A base da coluna é circular, com o topo afeiçoado de forma a ajustar-se à menor largura do fuste. Este é liso e cilíndrico, composto por dois tambores, sendo o inferior cerca de três vezes mais alto que o superior. Este, por sua vez, ostenta numa das faces o escudo de armas do Reino, invertido. Sobre a coluna assenta diretamente um arremedo de capitel, que não passa de um disco cilíndrico, com a mesma secção do fuste, de onde irrompem quatro curtos braços em cruz.
O remate é uma pirâmide de secção circular, encimada por dois pequenos discos sobrepostos intervalados por escócia decorada com oito bolas, única ornamentação do conjunto.
Classificação
IIP - Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933
IIP - Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933
Morada
Bemposta, Mogadouro