A origem da localidade de Vimioso é bastante arcaica, sendo já nomeado nas Inquirições de 1258, ordenadas por D. Afonso III. No entanto, recebeu foral e foi constituída como concelho apenas em 1516, por mercê do rei D. Manuel I, data a partir da qual se terá erguido o pelourinho. No ano anterior, o mesmo monarca havia criado o título de Conde de Vimioso a favor de D. Francisco de Portugal, filho de D. Afonso de Portugal, bispo de Évora, pelo que o foral do Vimioso permanece ligado à figura senhorial do primeiro conde.
Trata-se de um monumento de feição muito rústica, denunciando mesmo um cariz arcaico que é típico de tantos outros pelourinhos da região. A picota ergue-se sobre um soco de quatro degraus quadrangulares, dos quais apenas três estão visíveis. A coluna é oitavada, assentando diretamente sobre o soco, embora o troço inferior seja talhado de forma a simular um coxim cúbico. O fuste é constituído por quatro blocos de tamanho idêntico, ligados por argamassa visível. A meio do fuste existiria um brasão em pedra, de que se conservam registos, bem como alguns vestígios no terceiro bloco. Este brasão, sem que seja possível garanti-lo, exibia provavelmente as armas dos Condes do Vimioso.
Classificação IIP - Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933