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Serra Alta / Castro de Santiago / Castro da Serra do Variz |
Povoado fortificado de médias dimensões, localizado no alto da serra de Variz, com excelente implantação estratégica, dominando visualmente todos os quadrantes de um amplo troço do planalto mirandês e tendo igualmente excelentes condições defensivas naturais, potenciadas pelas fortes vertentes e pela altitude da serra, assim como pela muralha natural criada pela crista quartzítica em que se implanta.
As referências do Abade de Baçal a um local chamado Vale de Crasto poderão corresponder a este povoado, ainda que o topónimo se aplique a terrenos no sopé noroeste da serra. O povoado tem acessos naturais em ambos os extremos. No extremo sudoeste foi aberto um estradão, que corta a muralha e penetra no povoado. Este é defendido por uma única linha de muralha, que forma um recinto de forma elíptica, com um comprimento de aproximadamente 150 metros, adaptando-se e aproveitando os afloramentos naturais.
É possível que o rochedo onde se implanta o marco geodésico tivesse um torreão, hoje quase impercetível a não ser por alguns derrubes e materiais arqueológicos. Este torreão defenderia presumivelmente uma entrada deste lado do povoado. No extremo oposto há referência à existência de um outro torreão no ponto mais elevado. Na plataforma exterior existe um campo de pedras fincadas, razoavelmente bem conservado. São escassos os materiais arqueológicos, registados sobretudo nos revolvimentos feitos pela abertura do estradão, onde se encontram numerosas cerâmicas manuais da Idade do Ferro. Apareceu também um cossoiro de pedra, depositado no Museu de Mogadouro. Francisco Sande Lemos refere o aparecimento de algumas cerâmicas a torno, que poderiam indicar um princípio de romanização ou uma eventual reocupação medieval do povoado.
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Sala Museu de Arqueologia R. D. Afonso II | 5200-262 Mogadouro |