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Igreja/Mosteiro de Castro de Avelãs
Elementos | |
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Igreja/Mosteiro de Castro de Avelãs |
Castro de Avelãs é uma aldeia cuja visita é indispensável, para poder conhecer o seu importante património onde se eleva um antigo mosteiro clunicense, com imponente ábside e dois absidíolos em alvenaria de tijolo com arcaturas cegas sobrepostas, possivelmente anterior ao século XII, extinto em 1543, quando era já da regra e posteriormente demolido.
Filia-se na tradição românica mudéjar da meseta duriense castelhana, constituindo no nosso país exemplo raro, senão mesmo exemplar único. Aqui se hospedou em março de 1387 o Duque de Lancaster, John of Gaunt, com mil homens de armas que o acompanhavam, quando se encontrou com D. João I no planalto de Babe.
Aqui poderá ainda observar o túmulo medieval de D. Nuno Martins de Chacim, o maior magnate da nobreza senhorial da segunda metade do séc. XIII, assim como vestígios de antigos espaços deste cenóbio.
A Igreja de Castro de Avelãs é um dos monumentos mais simbólicos do nordeste transmontano, ilustrando simultaneamente a arte românica e a vida monacal da região. De um ponto de vista estilístico, são indiscutíveis as influências mudejares e leonesas.
A datação para a cabeceira tem vindo a ser sucessivamente avançada, os finais do século XII apareciam como uma data consensual, na sequência dos apoios de D. Afonso Henriques, mas investigação mais recente situaram a obra no segundo quartel do século seguinte. Também não existe datação para o conjunto remanescente, mas salienta-se que foram identificados no local vestígios de um primitivo estabelecimento de época romana.
Igreja de planta composta com nave única, de construção seiscentista e cabeceira tripartida e escalonada de abside e absidíolos em românico mudéjar. Interiormente, possui tetos em masseira e em cúpula, respetivamente, e iluminada pelos vãos laterais, axial e fresta da abside. Nave rebocada e pintada terminada em cornija, com fachada principal de cunhais apilastrados e terminada em empena, coroados por pináculos e cruz central, rasgada por
portal de verga reta encimado por cornija contracurvada e janela retilínea.
portal de verga reta encimado por cornija contracurvada e janela retilínea.
As fachadas laterais são rasgadas por janela de capialço e, a lateral direita, por porta travessa de verga reta. A cabeceira em alvenaria de tijolo,
apresenta as paredes exteriores e interiores decoradas com um a três registos de arcaturas, de arcos de volta perfeita, separados e rematados por friso em dentes de serra.
apresenta as paredes exteriores e interiores decoradas com um a três registos de arcaturas, de arcos de volta perfeita, separados e rematados por friso em dentes de serra.
No interior possui estrutura do antigo púlpito, no lado do Evangelho, dois retábulos colaterais, de planta reta e um eixo e o retábulo-mor em talha dourada de planta côncava e um eixo, todos do estilo barroco nacional. No absidíolo da Epístola, existe arca tumular, dos séculos XIII e XIV, o qual deve ter sido concebido para integrar um arcossólio, talvez no exterior sul da igreja primitiva ou na parede interior norte, dado que as inscrições se localizam na mesma face.
Todo este conjunto foi classificado como Monumento Nacional em 1910.
Classificação
MN - Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136, de 23-06-1910
MN - Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136, de 23-06-1910