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Mogadouro
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No quinto troço que começa em Mogadouro fará o carrossel dos flúvios e interflúvios que alimentam o Douro, do Angueira ao Sabor e ao Azibo. Se o tempo for propício sentirá alguns aromas da Terra Quente. O azeite e as cerejas não andam longe.
Mogadouro é sede de um município com 758 km² de área, subdividido em 28 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Macedo de Cavaleiros e de Vimioso, a nordeste por Miranda do Douro, a sudeste por Espanha, a sul por Freixo de Espada à Cinta e por Torre de Moncorvo e a oeste por Alfândega da Fé.
A Freguesia de Mogadouro apresenta uma área de 49 km2 e uma densidade populacional de 72 hab/km². Tem anexas as povoações de Zava e de Figueira, estas duas dentro das serras com o mesmo nome e que são também conhecidas pelos “Picos de Mogadouro”. As vias que intersetam esta freguesia são a N 219, a EN 221 e o IC5.
Orago: S. Mamede.
Foral: D. Afonso III concedeu-lhe o primeiro foral em 1272, renovou-o no ano seguinte. Em 1512, D. Manuel outorgou-lhe foral de novo. Em 20 de Novembro de 1433, a Vila de Mogadouro é doada a Álvaro Pires de Távora passando a estar desde então, associada à família dos Távoras. Os Távoras iniciaram uma ascensão notável e, alcançando o título de Marqueses, assumiram um papel importante e influente na região.
Locais de interesse: é indispensável uma visita ao seu centro histórico onde encontramos o Castelo de Mogadouro, a igreja Matriz de origem românica, a igreja da Misericórdia, o pelourinho, o Solar dos Pegados e o Convento de S. Francisco, contíguo à igreja com o mesmo nome, cuja fundação remete para as primeiras décadas do século XVII e se deve a D. Luis Álvares de Távora.
Outros locais de interesse: Miradouro de São Cristóvão; Torre do Relógio de Sol; Sala Museu de Arqueologia.
Feiras: Feiras Quinzenal aos dias 2 e 16 de cada Mês (quando estes dias calham ao Sábado ou Domingo transita para Segunda-Feira), Anual chamada Feira dos Gorazes, Feira de Atividades Económicas do Nordeste Transmontano, que acontece anualmente no mês de Outubro.
Outros eventos: Red Burros Fly-in - festival aeronáutico, promovido pela Câmara Municipal através do seu Centro Internacional de Voo à Vela.
PATRIMÓNIO EDIFICADO
Castelo de Mogadouro (Séc. XIII, XIV e XV) - MN - Decreto n.º 35 443, DG, I Série, n.º 1, de 2-01-1946; ZEP - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 29, de 4-02-1966;
Conjunto da Igreja e Convento de São Francisco (Séc. XVII) - IIP - Decreto nº 40 361, DG, 1.ª série, n.º 228 de 20 outubro 1955 (altar-mor e pinturas da igreja) / EVC (Homologado como IIP - Despacho de 19-07-1974);
Igreja Matriz de Mogadouro / Igreja de São Mamede (Séc. XVI);
Igreja da Misericórdia de Mogadouro (Séc. XVI);
Capela da Senhora do Caminho (Séc. XVIII);
Capela/Ermida de Santa Ana (Séc. XVIII);
Igreja de Figueira - S. Miguel;
Pelourinho de Mogadouro (Séc. XVI/XVII) - IIP - Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933; ZEP - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 29, de 4-02-1966.
ENQUADRAMENTO
No Nordeste do território nacional, integrado no distrito de Bragança, o concelho de Mogadouro faz fronteira com Espanha ao longo do rio Douro. Encaixado entre o vale profundo do Douro e a bacia do Sabor, ocupa o prolongamento do Planalto Mirandês que, por sua vez, dá seguimento ao Planalto Leonês (região de Zamora e Salamanca).
Em toda a zona mais próxima do rio Douro alternam-se os grauvaques e os granitos, apresentando-se estes, ora em grandes blocos, ora sob a forma de areão proveniente da sua desagregação. O relevo, é constituído por uma sucessão de colinas onde predominam os xistos grauváquicos interrompidos por alguns afloramentos quartzíticos, que se elevam na paisagem formando serras. Já a Sul abundam os xistos pardos, que também são dominantes na bacia do Sabor. Estes solos, e as características do clima, proporcionam um coberto vegetal abundante e diversificado, que atribui à paisagem um manto de belíssimas colorações que se alteram com as estações do ano.
O Concelho de Mogadouro apresenta um povoamento antigo que pode ser recuado aos tempos pré-históricos. A documentar essa ocupação estão os povoados do Barrocal/Alto e do Cunho, os monumentos megalitcos de Pena Mosqueira, Sanhoane, Barreiro, Modorra, a arte riupestre da Fraga da Letra, em Penas Roias, e outros achados dispersos que encontramos na Sala Museu de Arqueologia da Vila.
Entre 1160 e 1165, o rei D. Afonso Henriques mandou edificar o castelo de Mogadouro, o testemunho mais sólido da importância estratégica destas terras na Reconquista cristã. Conservam alguns troços de muralha, a torre de menagem, de planta retangular, tendo adossado a sudeste um pano de muro da antiga alcáçova e respetivo cunhal, vazado por uma porta em arco pleno e outro troço de muralha, que liga o que resta da alcáçova a uma pequena torre de ângulo de forma trapezoidal. A torre de menagem, erguida sobre um penhasco, possui duas portas elevadas, a nordeste e sudeste, ambas em arco rebaixado, a que se acede por escada de pedra de dois lanços em ângulo, com patamar. Na fachada noroeste abre-se uma janela retangular, gradeada, encimada por uma fresta e na fachada sudoeste rasgam-se duas frestas em dois registos. A oeste da torre a boca de uma cisterna quadrangular. Na encosta sudeste observa-se parte do que resta da barbacã.
A nobre Família dos Távoras teve uma grande influência no desenvolvimento cultural e económico da vila, pois sendo seus senhores tudo fizeram nesse sentido. Proscritos do reino, confiscados seus bens e depurados nas pessoas, os Távoras desapareceram para sempre e, Mogadouro ficou privado do desenvolvimento económico e cultural. Por aqui passaram Celtas, Visigodos e Romanos. Foi poiso dos Templários e guarda importantes vestígios históricos.
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