É hoje geralmente reconhecido o desempenho do castanheiro na evolução socioeconómica da Europa, designadamente desde o início da Idade Média. Ainda hoje persistem, por toda a Europa, estruturas e peças de mobiliário com séculos e séculos de existência, fabricadas com madeira de castanheiro. O seu fruto, a castanha, foi a base da alimentação europeia até à introdução da batata, em data muito recente, fazendo ainda hoje parte integrante da gastronomia tradicional de quase todos os povos do velho continente.
A esta “civilização” do castanheiro, intrinsecamente europeia, está associado um imaginário muito rico, traduzido em elogios à beleza, à majestade e à virilidade da árvore. Este culto justificou, por isso mesmo, a criação de uma Rota Europeia da Castanha.
Em Portugal, a região de Trás-os-Montes, onde a cultura da castanha está ecologicamente adaptada e apresenta um elevado potencial económico, tendo recebido a Denominação de Origem Protegida “Castanha da Terra Fria”, integra esta Rota através das vias que, de um modo geral, retalham os concelhos de Vinhais e Bragança e algumas partes de Vimioso, nas áreas mais densamente povoadas por soutos e castinçais.