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Castro da Sapeira |
Povoado fortificado de grandes dimensões, implantado num grande cabeço em esporão no limite do planalto de Babe, tendo um excelente controlo visual sobre o planalto, a norte e a este e sobre o alargado vale do Sabor, a sul e a oeste. Apenas apresenta uma boa defesa natural a norte, onde cai em ravina para a ribeira da Sapeira, sendo facilmente acessível pelos restantes lados, sobretudo a nascente.
Tinha um complexo sistema defensivo, mas a agricultura e a extração de pedras das muralhas para construção destruíram grande parte das estruturas existentes. No colo de acesso, a nascente, apresentava o que deveria ser um muito extenso campo de pedras fincadas, atualmente praticamente destruído, exceto em pequenos troços, normalmente cobertos e escondidos por densos carrascais. Do lado norte, o mais bem conservado, provavelmente por ser mais difícil a extração de pedras, apresenta ainda três linhas de muralhas, que se deveriam estender para os restantes sectores, tendo em conta as características do local. Apenas a terceira linha, a mais exterior, se prolonga ainda para fora do lado norte. Definiam um recinto de forma ovalada, com cerca de 250 metros de comprimento.
Foi detetado um só fragmento de cerâmica à superfície. Apesar da destruição efetuada no sistema defensivo, há zonas do povoado que parecem apresentar boa potência estratigráfica, podendo haver ainda uma razoável conservação da estratigrafia arqueológica.