Povoado fortificado assente sobre um esporão xistoso, que se desenvolve num interflúvio criado pelas ribeiras de Costureira e Culmeães, respetivamente a oeste e a este, e pelo rio Douro a sul. O acesso ao local é realizado por um colo que liga o ponto onde se insere o povoado à linha de cumeada, que se desenvolve na direcção norte.
Genericamente, as condições naturais de defesa não são particularmente notáveis, o que terá contribuído para a implementação de um sistema defensivo baseado numa única linha de muralha, edificada com pedra de xisto aparelhada, que corre ao longo da pendente do relevo. Tipologicamente a muralha do Castelo de Oleiros tem planta de tipo poligonal, o que permite diferenciar este sítio das tipologias de amuralhamento comummente observadas no nordeste transmontano.
No interior do perímetro amuralhado observa-se um conjunto significativo de alinhamentos e de alicerces que organizam estruturas de diferentes configurações e dimensões. Do castelo de Oleiros é proveniente um conjunto de onze estelas funerárias, algumas das quais encontram-se depositadas no Museu Municipal de Bragança Abade de Baçal. Os materiais cerâmicos detetados à superfície do solo não permitem uma clara atribuição cronológica. Mas Francisco Sande Lemos refere o paralelismo tipológico do Castelo de Oleiros com o Castelo de Fonte do Milho, fortificação do período romano, também implantada nas proximidades do rio Douro.
Classificação: Imóvel de Interesse Público (IIP) - Decreto n.º 29/90, DR, I Série, n.º 163, de 17-07-1990