Numa zona de morfologia planáltica, onde se conjuga a excelente qualidade dos solos agrícolas com a suavidade de um relevo, situa-se o antigo habitat de Santa Eulália. Ao longo de mais de 1,5 ha, numa área onde se desenvolve uma pequena elevação de contorno suaves, poderá ser observada uma grande quantidade de materiais de cronologia romana, destacando-se fragmentos de recipientes de armazenamento de grande dimensão (talha e dolia), cerâmica de uso comum, terra sigillata e, em menor quantidade, alguns materiais de construção, nomeadamente tegulae, imbrices e tijolos.
No local não se observam vestígios de qualquer estrutura defensiva, tratando-se de um povoado aberto, fundado durante a romanização e com perduração até à Baixa Idade Média. A sul, junto de uma pequena linha de água, implantam-se as ruínas da pequena capela de Santa Eulália, que se encontrou associada a uma necrópole com sepulturas estruturadas em lajes, das quais não são atualmente visíveis vestígios.
Em 1978 foi descoberto junto deste templo um pequeno tesouro descrito como um conjunto de várias moedas de prata e uma águia de ouro dentro de um recipiente em cobre. Do conjunto restam apenas 4 moedas, estando o restante espólio desparecido.
