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Crasto de Brunhoso Brunhoso, Mogadouro |
O Monte do Crasto situa-se a cerca de 600 metros a sudoeste da aldeia de Brunhoso. Trata-se de uma elevação com uma altitude máxima de 700 m, mas com uma geomorfologia de contornos bastante suaves. A sua implantação permite-lhe razoáveis condições de defesa natural, sobretudo a oeste e este, onde as pendentes descaem respetivamente até aos leitos das ribeiras de Juncaínhos e da Lagariça.
A zona de ocupação estende-se ao longo de uma plataforma pouco regular e com uma configuração sensivelmente oval, cujo comprimento máximo poderá atingir os 300 metros e a largura os 150 metros. A superfície do solo desta plataforma encontra-se juncada de grandes quantidades de vestígios arqueológicos, salientando-se os inúmeros fragmentos de tegulae, imbrices, tijolo, escórias, além de uma variedade e quantidade significativas de fragmentos de cerâmica comum de cronologia romana.
Aproximadamente à cota de 680 m, o terreno descreve uma ligeira quebra dos seus contornos, quebra essa aparentemente artificial e que dá origem a um talude que poderá corresponder aos últimos vestígios de uma possível muralha. No seguimento desse talude, mas já no sector ocidental, zona de maior vulnerabilidade defensiva, emerge uma protuberância no terreno, que poderá também indiciar da presença de alguns vestígios de uma estrutura que compunha a arquitetura defensiva deste sítio. Fernando Russel Cortez, em meados do século XX, refere o achado no Crasto de Brunhoso de uma moeda ibérica classificada como um denário com a cunhagem de Sekobirikes.
Brunhoso, Mogadouro