A vegetação do castanheiro exige uma queda pluviométrica anual superior a 800 mm, mas a sua vitalidade não suporta excessos de humidade, e exige solos suficientemente fundos. Se as condições são favoráveis e a cobiça dos homens não lhe tolhe o crescimento, chega a atingir dimensões gigantescas e a acompanhar uma família em dez gerações continuadas. Ainda hoje, nesta região se encontram exemplares multisseculares, com troncos escalavrados, que cinco homens não abraçam. Alguns assistiram, provavelmente, às incursões castelhanas da Guerra da Restauração.
Do Alto Sabor ao Baceiro e a Vinhais e de Lampaças à Terra de Bragança, agrupam-se em soutos, ou castinçais extensos. Se cultivados em talhadia (castinçais) dão excelente madeira, verga para cestaria e tanino para curtimenta.
Em pomar (soutos) produzem abundantemente a castanha, concentrando-se, por isso, na envolvência imediata das povoações.
Se no passado a castanha foi um recurso fundamental na economia familiar, prefigura-se hoje, de novo, como uma das formas alternativas válidas para a subsistência do mundo rural. Das diferentes castas, com relevância para a “judia”, registam-se quantitativos crescentes no volume das exportações.
O cancro e a tinta são doenças que afetam a espécie, justificando a procura de variedades mais resistentes, que nem sempre são as mais adaptadas às condições edafoclimáticas (solos e clima) locais.