São edifícios rurais dispersos na periferia das povoações, destinados à criação columbófila, que podem classificar-se em dois tipos distintos, de planta circular ou de planta em ferradura, sendo os primeiros menos frequentes (com concentração em Santulhão e Ifanes). Os pombais são edificados em alvenaria, apresentando, estes últimos, uma parede reta correspondente, na implantação, ao fecho da ferradura, onde se rasga uma portinhola de acesso.
O pé direito é mais alto na convexidade e decresce, uniformemente ou não, até à referida parede reta, definindo assim a inclinação da única água da cobertura, realizada em patelas de lousa, mais raramente em telha.
Na justaposição da cobertura nas paredes existem orifícios de entrada para as pombas, sendo todo o edifício coroado por uma espécie de toscos merlões, que não têm preocupação decorativa, mas tão simplesmente a de atrair a atenção das aves. O revestimento interior é constituído por favos de lousa onde as pombas nidificam e o pavimento térreo acumula o estrume ácido, tipo guano, aqui comummente designado “pombinho”, com que se corrige o pH dos terrenos agricultados.
O pombo e o estorninho, ave hospedeira que coabita com as columbófilas, são um complemento importante da alimentação doméstica, podendo constituir uma mais-valia na oferta gastronómica da região que inclui estas aves em receitas tradicionais.
Os pombais proliferam em toda a TFT, mas existem em maior quantidade nos planaltos de Miranda e de Bragança e apesar de se ter, entretanto, verificado o abandono ou até a ruína de muitos deles, outros têm vindo a ser reconstruídos.